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11 de fevereiro de 2013

Sindicatos oferecem cursos para qualificar mão de obra

Líderes na abertura de vagas formais durante o ano passado, os setores de prestação de serviços e da construção civil sofrem com a falta de mão de obra qualificada. Cursos gratuitos ou subsidiados realizados pelos sindicatos dos trabalhadores das categorias são uma forma de ingressar em um mercado que demanda por profissionais qualificados. Os salários são atraentes e o cenário abre um outro nicho de mercado: o das escolas de formação de mão de obra para os segmentos. Na semana passada, a cidade recebeu a primeira escola de uma rede de franquia especializada em cursos para a construção civil. Em alguns casos, os salários podem ultrapassar os R$ 10 mil. 

De acordo com o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor de serviços abriu em 2012, 3.622 novos postos de trabalho em Sorocaba. A segunda colocação ficou para a construção civil que registrou 617 vagas criadas durante o ano passado. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Hotéis, Restaurantes e Bares de Sorocaba e Região, Cícero Lourenço Pereira conta que muitas empresas do setor procuram a entidade em busca de profissionais qualificados. O aquecimento no setor vem sendo registrado há alguns anos. Por isso, em 2010, o sindicato criou o Centro de Formação para oferecer cursos de qualificação e atualização para profissionais da área. 

São 35 opções de cursos. Eles são gratuitos para quem já trabalha no setor e têm reserva 30% das vagas para quem não tem condições de arcar com os custos. O restante dos participantes paga mensalidades subsidiadas. Segundo ele, o Caged informa que há cerca de 18 mil trabalhadores no setor dentro da região de Sorocaba, sendo que metade da categoria é formada por mulheres. Na área de serviços em bares, hotéis e restaurante, o piso mínimo é de R$ 860 por 44 horas de trabalho semanais. "Temos casas que pagam até R$ 7 mil para um chefe de cozinha com padrão internacional. Um garçom com conhecimentos em vinho pode ganhar entre R$ 2 e R$ 3 mil", comenta Pereira. Segundo ele, o valor do salário varia conforme os estabelecimentos. 

Complemento na renda 
Aos 54 anos, Maria Salete de Alcântara já fez mais de dez cursos no Sindicato dos Trabalhadores de Bares, Restaurantes e Similares de Sorocaba e Região. No currículo, ela conta com cursos de comida vegetariana, garçonete, camareira, confecção de doces para festas, entre outros. Maria, que trabalha como diarista durante a semana, usa os conhecimentos específicos na área de serviços e alimentação para fazer bicos aos finais de semana. "Trabalho como auxiliar de cozinha e garçonete para complementar o salário, mas penso em daqui um tempo trabalhar só nessa área", revela. 

Com os serviços de finais de semana ela consegue dobrar os ganhos com faxinas. Maria Salete conta que este ano deve fazer o curso de pizzaiolo. "É muito bom aprender, melhor do que ficar assistindo novela", comenta. As aulas normalmente são à noite e a diarista consegue fazer os cursos sem atrapalhar o trabalho. Sobre a criação do Centro de Formação pelo sindicato, o presidente da entidade destaca a existência de uma demanda por qualificação no setor. 

"Os cursos também são para que o trabalhador consiga melhorar a sua condição de trabalho e seu salário", comenta o presidente sindical. Os cursos mais procurados são para cozinheiro, garçom, camareira, recepcionista e pizzaiolo. As turmas são fechadas depois da inscrição do número necessário de alunos. Normalmente, cada sala tem entre 15 e 25 pessoas. As inscrições devem ser feitas pessoalmente na sede do sindicato que fica na rua José Martins, 45, na Vila Hortênsia. 

Mestre de obra 

Na construção civil, o aquecimento econômico da região, a chegada ou expansão de diversas empresas, assim como o mercado formado por clientes menores, causa escassez de mão de obra para o setor. Como afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Sorocaba e Região, Vitorino Gabriel, muitas pessoas estão vindo para a região em busca de oportunidades profissionais mas não contam com a qualificação necessária para o segmento. Há dez anos, o sindicato oferece curso para a formação de mestres de obras. São duas turmas por ano e o custo total é de R$ 650, valor que pode ser parcelado em até cinco vezes. 

"Esse valor é subsidiado. Se for comparado com o mercado, a mensalidade está muito abaixo do que é cobrado", comenta. O sindicalista conta que muitas empresas, por precisarem de profissionais qualificados, acabam pagando o curso para funcionários dentro do sindicato. Outras, diz, chamam os alunos para processos seletivos e aproveitam a oferta de mão de obra para fazer contratações. O piso salarial do servente é de R$ 979. Pedreiro e carpinteiro começam ganhando R$ 1.168,20. A perspectiva de aumento de salário, porém, é real e Gabriel diz haver casos de mestre de obras ganhando até R$ 16 mil. "Isso é uma exceção. O profissional tem um preço de mercado conforme a qualidade do serviço dele, mas não é difícil ver mestres de obras ganhando entre R$ 5 mil e R$ 7 mil", comenta. Os cursos são apostilados e as aulas são ministradas três vezes por semana, sempre à noite.
Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=453633

Sindicatos oferecem cursos para qualificar mão de obra. Fevereiro 11, 2013. Por: Mão de Obra Online

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