Com a realização da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, aumentou a procura, por parte da população, por qualificação profissional, tanto nas áreas de hotelaria e turismo, que atendem diretamente aos visitantes na cidade, quanto na área de construção civil, com a chegada de novos empreendimentos e a demanda existente nos canteiros de obras do Mundial na Capital.
Apenas em Cuiabá e Várzea Grande, onde a concentração dos turistas deverá ser maior, 6.537 pessoas foram qualificadas por meio do programa Copa em Ação, oferecido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT).
Além disso, outras centenas de pessoas foram qualificadas por meio de cursos e palestras oferecidas por meio de sindicatos, que também contam com o apoio do Estado.
É o caso do Sindicato Intermunicipal dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Mato Grosso (SHBRS-MT), que em 2012 ofereceu uma série de cursos de atendimento e mão-de-obra, palestras de treinamento e cursos de idiomas, com foco na língua inglesa.
Desde 2008, quando se iniciaram as discussões sobre a possibilidade de Cuiabá vir a ser uma das sedes do torneio, o Estado passou a investir na qualificação da população, tendo capacitado, até o momento, 24.279 pessoas em mais de 60 municípios.
Programas de qualificação
Atualmente, em Mato Grosso, existem dois programas oferecidos pelo Estado para qualificar a população do Estado: Qualifica MT, que atende a cidades do interior, que são possíveis polos de turismo durante o Mundial de 2014; e o Copa em Ação (antigo QualiCopa), que atende à população da Grande Cuiabá e alguns municípios da Baixada Cuiabana.
Este ano, o Qualifica MT oferece mais de 17 opções de cursos gratuitos em 60 municípios diferentes, que abrangem as áreas administrativas, comércio, turismo e saúde, para formação de secretárias, operadores de caixa, garçons, auxiliares administrativos, bartenders e atendentes de hotelaria e turismo, estética, vendas, entre outros. A carga horária é de 200 horas/aula, com atividades teóricas e práticas.
Em fevereiro deste ano, ainda, terão inícios as inscrições para o Copa em Ação, que neste primeiro semestre deverão atender, além dos interessados em atuar nas áreas de comércio, turismo e hospedagem, aqueles que querem garantir uma vaga no ramo da construção civil.
Ao MidiaNews, a secretária-adjunta da Setas, Vanessa Rosin, afirmou que o Estado tem buscado preparar a população para o evento há cinco anos e que, este ano, a oferta será ainda maior, com a proximidade do evento, marcado para acontecer em junho de 2014.
“Desde 2008, quando começou a falar da possível vinda da Copa do Mundo para o nosso Estado, a nossa secretaria se organizou de forma a qualificar as pessoas para trabalharem tanto antes, quanto durante o evento. Porque não adianta sediar a Copa se não tivermos pessoas preparadas para receber os visitantes”, disse.
Segundo Rosin, este ano, taxistas, motoristas e cobradores de ônibus, mototaxistas e guias de turismo também serão atendidos pelos programas, a fim de estarem preparados para atender às necessidades dos visitantes, principalmente no que se refere à comunicação, uma vez que grande parte da população cuiabana não é bilíngue.
“Vamos qualificar as pessoas que vão atender o turista, que vão fazer todo esse trabalho do entorno, ou seja, as pessoas que vão lidar diretamente com o público que vai estar circulando aqui por conta do evento da Copa”, afirmou.
As pessoas que atuam no ramo da hotelaria e restaurantes, como garçons, maîtres, cozinheiros, camareiras, bartenders, também poderão buscar os cursos este ano. Rosin acredita que, mesmo depois da Copa, não irá faltar vagas de empregos para esse público.
“Com esse evento, nós temos tido muitos investimentos por parte dos empresários, com hotéis, shoppings, restaurantes e novas empresas sendo construídos. O mercado já está aquecido, tanto o ramo imobiliário quanto o ramo hoteleiro. Além disso, temos o turismo de negócios que já começou a acontecer”, argumentou.
Falta de mão-de-obra
Segundo Rosin, apesar da oferta de cursos e das vagas em aberto no mercado de trabalho, principalmente no ramo da construção civil, ainda falta mão-de-obra qualificada em Mato Grosso, o que faz com que as empresas continuem buscando trabalhadores de outros estados para atuarem aqui.
A secretária afirma que há um direcionamento dos profissionais que já foram qualificados para as empresas, mas ainda falta informação e vontade por parte dos trabalhadores em ir atrás do serviço. Muitos preferem continuar dependendo de benefícios e bolsas assistenciais dadas pelo governo do que procurar uma ocupação.
“Depende do interesse da pessoa: porque a grande maioria recebe o benefício sem trabalhar. Se ele começa a trabalhar, suspende o benefício. E aí a gente precisa conscientizar essa pessoa de que é importante ela ter um ofício, uma ocupação, porque isso melhora a sua qualidade de vida. E é isso que a gente precisa melhorar no Estado”, destacou.
Segundo Rosin, há muitos cursos para a formação de setores da construção civil, como pedreiros, serventes, encanadores, carpinteiros e azulejistas, bem como vagas em aberto, mas que são poucos aqueles que se interessam por essa área.
“Quando a gente abre as inscrições, o que a gente vê? Que a grande maioria não quer fazer o curso de carpinteiro, de pedreiro. Ela quer o curso de auxiliar administrativo, e fica na lista espera, porque não tem vaga para isso. Quando é braçal, as pessoas não querem, elas desmerecem. E hoje, esse ramo está muito remunerado e é necessário. Esses cursos, da construção civil, são os mais relegados. Você não fecha o curso de pedreiro, mas ficam mil esperando para o curso de auxiliar administrativo”, disse.
Público-alvo
Apesar dos cursos serem gratuitos e voltados para pessoas em vulnerabilidade social, ou seja, que não conseguem manter a sua família, são desempregados ou dependem de benefícios do governo, qualquer um pode se inscrever, sem restrições de renda ou faixa etária. A pessoa pode, por exemplo, já trabalhar na área e fazer o curso que desejar, ou se aperfeiçoar, a fim de conseguir um certificado.
“Nada impede que outras pessoas façam. Não há restrição de idade e renda. Todos os cursos são gratuitos, e inclusive oferecem o vale transporte para quem não tem condição de se locomover. Depois de encerradas as inscrições, é feita a pré-seleção e se iniciam os cursos de fato nas cidades atendidas”, explicou Rosin.
No caso do Qualifica MT, as inscrições são feitas nas Secretarias de Assistência Social de cada município. Já no caso do programa Copa em Ação, as inscrições devem ser feita no Ganha Tempo, na Praça Ipiranga, a exemplo do que foi feito nos anos anteriores.
Para se inscrever, os interessados normalmente devem levar documentos pessoais, incluindo Carteira de Trabalho e comprovante de residência.
Apenas em Cuiabá e Várzea Grande, onde a concentração dos turistas deverá ser maior, 6.537 pessoas foram qualificadas por meio do programa Copa em Ação, oferecido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT).
Além disso, outras centenas de pessoas foram qualificadas por meio de cursos e palestras oferecidas por meio de sindicatos, que também contam com o apoio do Estado.
É o caso do Sindicato Intermunicipal dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Mato Grosso (SHBRS-MT), que em 2012 ofereceu uma série de cursos de atendimento e mão-de-obra, palestras de treinamento e cursos de idiomas, com foco na língua inglesa.
Desde 2008, quando se iniciaram as discussões sobre a possibilidade de Cuiabá vir a ser uma das sedes do torneio, o Estado passou a investir na qualificação da população, tendo capacitado, até o momento, 24.279 pessoas em mais de 60 municípios.
Programas de qualificação
Atualmente, em Mato Grosso, existem dois programas oferecidos pelo Estado para qualificar a população do Estado: Qualifica MT, que atende a cidades do interior, que são possíveis polos de turismo durante o Mundial de 2014; e o Copa em Ação (antigo QualiCopa), que atende à população da Grande Cuiabá e alguns municípios da Baixada Cuiabana.
Este ano, o Qualifica MT oferece mais de 17 opções de cursos gratuitos em 60 municípios diferentes, que abrangem as áreas administrativas, comércio, turismo e saúde, para formação de secretárias, operadores de caixa, garçons, auxiliares administrativos, bartenders e atendentes de hotelaria e turismo, estética, vendas, entre outros. A carga horária é de 200 horas/aula, com atividades teóricas e práticas.
Em fevereiro deste ano, ainda, terão inícios as inscrições para o Copa em Ação, que neste primeiro semestre deverão atender, além dos interessados em atuar nas áreas de comércio, turismo e hospedagem, aqueles que querem garantir uma vaga no ramo da construção civil.
Ao MidiaNews, a secretária-adjunta da Setas, Vanessa Rosin, afirmou que o Estado tem buscado preparar a população para o evento há cinco anos e que, este ano, a oferta será ainda maior, com a proximidade do evento, marcado para acontecer em junho de 2014.
“Desde 2008, quando começou a falar da possível vinda da Copa do Mundo para o nosso Estado, a nossa secretaria se organizou de forma a qualificar as pessoas para trabalharem tanto antes, quanto durante o evento. Porque não adianta sediar a Copa se não tivermos pessoas preparadas para receber os visitantes”, disse.
Segundo Rosin, este ano, taxistas, motoristas e cobradores de ônibus, mototaxistas e guias de turismo também serão atendidos pelos programas, a fim de estarem preparados para atender às necessidades dos visitantes, principalmente no que se refere à comunicação, uma vez que grande parte da população cuiabana não é bilíngue.
“Vamos qualificar as pessoas que vão atender o turista, que vão fazer todo esse trabalho do entorno, ou seja, as pessoas que vão lidar diretamente com o público que vai estar circulando aqui por conta do evento da Copa”, afirmou.
As pessoas que atuam no ramo da hotelaria e restaurantes, como garçons, maîtres, cozinheiros, camareiras, bartenders, também poderão buscar os cursos este ano. Rosin acredita que, mesmo depois da Copa, não irá faltar vagas de empregos para esse público.
“Com esse evento, nós temos tido muitos investimentos por parte dos empresários, com hotéis, shoppings, restaurantes e novas empresas sendo construídos. O mercado já está aquecido, tanto o ramo imobiliário quanto o ramo hoteleiro. Além disso, temos o turismo de negócios que já começou a acontecer”, argumentou.
Falta de mão-de-obra
Segundo Rosin, apesar da oferta de cursos e das vagas em aberto no mercado de trabalho, principalmente no ramo da construção civil, ainda falta mão-de-obra qualificada em Mato Grosso, o que faz com que as empresas continuem buscando trabalhadores de outros estados para atuarem aqui.
A secretária afirma que há um direcionamento dos profissionais que já foram qualificados para as empresas, mas ainda falta informação e vontade por parte dos trabalhadores em ir atrás do serviço. Muitos preferem continuar dependendo de benefícios e bolsas assistenciais dadas pelo governo do que procurar uma ocupação.
“Depende do interesse da pessoa: porque a grande maioria recebe o benefício sem trabalhar. Se ele começa a trabalhar, suspende o benefício. E aí a gente precisa conscientizar essa pessoa de que é importante ela ter um ofício, uma ocupação, porque isso melhora a sua qualidade de vida. E é isso que a gente precisa melhorar no Estado”, destacou.
Segundo Rosin, há muitos cursos para a formação de setores da construção civil, como pedreiros, serventes, encanadores, carpinteiros e azulejistas, bem como vagas em aberto, mas que são poucos aqueles que se interessam por essa área.
“Quando a gente abre as inscrições, o que a gente vê? Que a grande maioria não quer fazer o curso de carpinteiro, de pedreiro. Ela quer o curso de auxiliar administrativo, e fica na lista espera, porque não tem vaga para isso. Quando é braçal, as pessoas não querem, elas desmerecem. E hoje, esse ramo está muito remunerado e é necessário. Esses cursos, da construção civil, são os mais relegados. Você não fecha o curso de pedreiro, mas ficam mil esperando para o curso de auxiliar administrativo”, disse.
Público-alvo
Apesar dos cursos serem gratuitos e voltados para pessoas em vulnerabilidade social, ou seja, que não conseguem manter a sua família, são desempregados ou dependem de benefícios do governo, qualquer um pode se inscrever, sem restrições de renda ou faixa etária. A pessoa pode, por exemplo, já trabalhar na área e fazer o curso que desejar, ou se aperfeiçoar, a fim de conseguir um certificado.
“Nada impede que outras pessoas façam. Não há restrição de idade e renda. Todos os cursos são gratuitos, e inclusive oferecem o vale transporte para quem não tem condição de se locomover. Depois de encerradas as inscrições, é feita a pré-seleção e se iniciam os cursos de fato nas cidades atendidas”, explicou Rosin.
No caso do Qualifica MT, as inscrições são feitas nas Secretarias de Assistência Social de cada município. Já no caso do programa Copa em Ação, as inscrições devem ser feita no Ganha Tempo, na Praça Ipiranga, a exemplo do que foi feito nos anos anteriores.
Para se inscrever, os interessados normalmente devem levar documentos pessoais, incluindo Carteira de Trabalho e comprovante de residência.
Fonte: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=14&cid=148856
A Copa e a Mão de Obra.
Fevereiro 04, 2013. Por:
