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13 de agosto de 2013

Construção civil vem puxando o setor de mineração no Estado

Enquanto ainda luta para consolidar a indústria de transformação, o turismo e alguns segmentos de geração de energia elétrica renovável como matrizes de desenvolvimento econômico e social, o Estado guarda, literalmente, sob os pés, uma riqueza ainda pouco explorada, mas com grande potencial extrativista e de geração de empregos e renda no campo.

Hoje, há 4.534 processos de mineração ativos no Estado
Foto: Yaçanã Nepomucena
Pelo menos 17 tipos diferentes de minérios metálicos e não metálicos "repousam" no subsolo cearense, à espera de uma política extrativista definida, que estimule a realização de novos investimentos necessários ao setor - o que pode advir na próxima semana, se o novo Código Regulatório da Mineração for votado e aprovado no Congresso Nacional. No entanto, a votação poderá não ocorrer logo, uma vez que o governo autorizou a retirada de urgência para o Código de Mineração.

Potencial

Números do Departamento Nacional de Produção Mineral no Ceará (DNPM-CE) confirmam o aumento do interesse empresarial no segmento de minérios não metálicos, verificado nos últimos três anos. Atualmente, 4.534 processos de mineração estão ativos na superintendência do órgão, no Estado, sendo 1.690 autorizações de pesquisa, 1.359 requerimentos de pesquisa, 527 registros de licença, 242 requerimentos de lavras e 327 pedidos de registros de licença, dentre outros.

Só de janeiro a maio últimos, foram protocolados 379 requerimentos de autorização de pesquisa, ante 1.089 solicitados com a mesma finalidade, em 2012. Desse total, 162 foram requerimentos de autorização concedidos para pesquisa de grafita, 158 para areia e 142 para argila e 110 para calcário, insumos básicos à construção civil.

Fac-símile da edição de 26 de junho último, quando o Diário do Nordeste mostrou com exclusividade a resistência dos empresários ao novo marco regulatório

Para o superintendente do (DNPM-CE), Fernando Antônio da Costa Roberto, o Ceará apresenta um grande potencial mineral, sobretudo para os minerais industriais, destinados à construção civil. "Quando a construção civil está em alta, a mineração também está em alta", destaca.

Desde novembro de 2011, informa, somente são publicados alvarás de autorização de pesquisa para substâncias de uso imediato na construção civil, água mineral, argila, calcário e rochas ornamentais, segundo revela o relatório do DNPM-CE. No período de janeiro a maio deste ano, acrescenta, foram publicados 331 alvarás de pesquisa, sendo 119 de grafita.

Principais jazidas

"Os demais alvarás são para pesquisa de areia, argila, granito (brita), rocha ornamental e calcário", aponta o documento, confirmando a preferência por insumos para a indústria da construção civil. Nesse segmento da mineração de uso imediato em obras destacam-se, na Região Metropolitana de Fortaleza, os municípios de Itaitinga, Caucaia, Pacatuba, Maranguape e Eusébio, na produção de britas.

A produção de areia grossa está localizada em Aquiraz, Caucaia, Pacatuba, Fortaleza, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape e Guaiuba - depósitos associados às bacias dos rios São Gonçalo, Ceará e Pacoti. Já a produção de água mineral predomina em Fortaleza, Aquiraz, Horizonte e São Gonçalo do Amarante.

Dados do Anuário Mineral Brasileiro (AMB - 2010) revelam que o Estado do Ceará dispõe de minerais não metálicos (areia, areia industrial, argilas comuns, plásticas e refratárias, calcário (rochas), insumos básicos para a construção civil.

E ainda de calcita, diatomita, dolomito, filito, fosfato, gipsita (própria à fabricação de gesso); leucita/nefelino-sienito, magnesita, quartzo, rochas britadas e cascalho, além de rochas ornamentais, como granito, mármores e afins, sílex, tufo vulcânico e até gemas, pedras semi - preciosas, como turmalinas e água marinha, muito utilizadas para enriquecer peças artesanais.

Outro destaque nesse segmento, aponta o Anuário Mineral Brasileiro, são as águas minerais.

CARLOS EUGÊNIOREPÓRTER

Produção de cimento eleva exploração de calcário
O potencial de exploração de calcário no Estado e o incremento da indústria da construção civil no Nordeste vem estimulando o surgimento de novas fábricas de cimento. Com duas unidades produtivas, sendo uma no município de Sobral, na região noroeste, e outra em Barbalha, no Cariri ; além de duas moageiras (Cimento Apodi e Votorantim), instaladas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), o Ceará produziu em 2012, 1,77 milhão de toneladas, representando acréscimo de 0,48%, em relação a 2011 (1.765.000 toneladas produzidas).

Em 2012, o Estado produziu 1,77 milhão de toneladas de cimento, representando acréscimo de 0,48% em relação a 2011 (1.765.000 toneladas) FOTO: THIAGO GASPAR
"Em 2012, somente os Estados do Ceará, Paraíba e Sergipe mantiveram a capacidade de atender à sua própria demanda de cimento", destaca relatório do DNPM-CE, apresentado à reportagem. Além das duas fábricas, há uma terceira em construção na Chapada do Apodi, informou o superintendente do DNPM-CE, Fernando Antônio da Costa Ribeiro.

Granito

"A mineração pode ser mais uma saída econômica para o Ceará, uma alternativa (de emprego e renda) para o homem do campo", sinaliza Ribeiro, para quem "o Estado deveria olhar com bons olhos para o setor".

Ele destaca ainda, os segmentos de rochas ornamentais, notadamente de granito, lembrando que o Ceará é o segundo maior produtor desse mineral no Nordeste, atrás apenas da Bahia, enquanto o Brasil é o sexto produtor mundial.

Diferencial

Segundo ele, o Ceará produz granitos exóticos, como o Branco Ceará, uma rocha de qualidade, própria para a produção de pisos e bancadas. "O piso do aeroporto (Pinto Martins) é todo em granito Branco Ceará", destacou o gestor do DNPM-CE.

"O Estado tem um potencial geológico promissor para rochas ornamentais e de revestimento, além de possuir um moderno parque industrial na área de beneficiamento, colocando-o como um importante produtor de rochas ornamentais e de revestimento no Brasil, especialmente no que tange a produtos acabados, a exemplo de chapas e ladrilhos", aposta Fernando Antônio da Costa Ribeiro.

Cerâmica
A cerâmica também desponta no Estado como outro segmento importante, sobretudo para geração de emprego no interior cearense, onde, atualmente, ocupa cerca de 7.700 trabalhadores.

O segmento reúne cerca de 600 fábricas, em sua maioria micro e pequenas produtoras de telhas e tijolos.

A capacidade de produção mensal, hoje, no Ceará é de, em média, 51.000 milheiros de telhas, 49.000 milheiros de tijolos e de 8.000 milheiros de peças cerâmicas. (CE) 
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1303588

Construção civil vem puxando o setor de mineração no Estado. Agosto 13, 2013. Por: Mão de Obra Online

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