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1 de dezembro de 2011

12 mil pessoas saem da fila do desemprego



Foram criadas nove mil ocupações, gerando um contingente de 1,66 milhão de trabalhadores, o maior da série histórica


Em outubro, o nível de ocupação voltou a crescer e o desemprego tornou a cair na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), indicando que a atividade econômica tende a permanecer aquecida no último trimestre de 2011. Foram geradas 9 mil ocupações no mês, resultando na ampliação do contingente de trabalhadores para 1,662 milhão ante os 1,653 milhão ocupados em setembro. Por sua vez, o total de desempregados reduziu de 162 mil para 150 mil pessoas, significando 12 mil a menos na fila do desemprego e refletindo na taxa de desemprego, que recuou de 8,9% para 8,3% entre setembro e outubro. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada ontem pelo IDT (Instituto de Desenvolvimento do Trabalho) e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).



Conforme o analista de mercado de trabalho do IDT, Mardônio Costa, o volume de ocupados em outubro corresponde ao maior contingente da série histórica. Entretanto, a expansão das ocupações não foi suficiente para recuperar o patamar de desemprego alcançado em outubro de 2010 (140 mil desempregados). "No comparativo dos 12 meses tivemos 37 mil pessoas acrescidas à PEA (População Economicamente Ativa), 27 mil novas ocupações e 10 mil novos desempregados", ressalta.



Traçando um comparativo entre Ceará, Brasil e Nordeste, Mardônio apresentou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC), no qual o Estado está com 158,67 pontos, posicionando-se à frente da Região (147,66 pontos) e do País (142,13 pontos). Para ele, embora a atividade econômica do Ceará venha apresentando melhor desempenho em relação às pontuações regional e nacional, o ritmo do crescimento cearense reduziu no último trimestre, o que em parte justifica o aquecimento do mercado de trabalho com menor intensidade em comparação a outubro de 2010.



Serviços e construção civil



O setor de serviços foi destaque em outubro, puxando as ocupações na RMF. O setor criou 12 mil postos de trabalho no mês, sendo seguido do comércio, que gerou três mil vagas, da construção civil e do agregado outros setores, que geraram mil ocupações, cada. Já a indústria apresentou retração, eliminando 8 mil postos de trabalho e interrompendo a trajetória de aquecimento iniciada pelo setor desde abril de 2011.



Para Mardônio, a performance negativa do segmento industrial é conjuntural e retrata um comportamento observado em todo o País, em função da questão cambial, da crise mundial, entre outras contingências. "A atividade industrial vem caindo continuamente não só no Estado do Ceará, mas em todo o País". No acumulado do ano, o analista do IDT garante que quem sustentou o mercado de trabalho na RMF foram a construção civil e os serviços. "Esses dois setores geraram de janeiro a outubro de 2011, respectivamente, 14 mil e 23 mil postos". No mesmo período a indústria gerou dois mil postos e o comércio eliminou 11 mil vagas.



Segundo Mardônio, os dois setores também contabilizaram mais dois recordes. "Além do maior estoque de ocupações em outubro (1,66 milhão de pessoas) na RMF, também contabilizamos o maior estoque de ocupados da série histórica na Construção Civil (128 mil ocupações) e nos Serviços (766 mil ocupações)", afirma.



RMF
Carteira assinada puxa ocupações em outubro

Foram geradas, em outubro, cinco mil ocupações com carteira assinada no setor privado, totalizando 678 mil contratações com carteira contra 673 mil no mês anterior. Enquanto isso, o emprego sem carteira permaneceu estável entre setembro e outubro (213 mil). Em relação a outubro do ano passado, foram geradas na iniciativa privada da região metropolitana 42 mil ocupações com carteira.



Segundo o analista do IDT, Mardônio Costa, para cada emprego sem carteira assinada no setor privado, em outubro, há 3,2 com carteira na RMF, no respectivo mês. No setor público, foram criadas mil vagas em outubro.



Mulheres e jovens



Embora a taxa de desemprego tenha declinado em todos os segmentos populacionais no mês de outubro, as mulheres e jovens não conseguiram alcançar o mesmo patamar de desemprego de outubro de 2010.



A taxa de desemprego feminina baixou de 10,8% em setembro para 10,1% em outubro - um ponto percentual acima da taxa de outubro do ano passado (9,1%). Entre os jovens, com idade entre 16 e 24 anos, o índice recuou de 20,2% para 19,9% no comparativo mensal. Entretanto na relação anual (out.2011/2010) a taxa cresceu 2,7 pontos percentuais.



Entre os desempregados de outubro na RMF, os homens somaram 65,4 mil e as mulheres 84,6 mil pessoas.



ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER

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