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27 de dezembro de 2013

Construção retoma ritmo sustentável, diz economista


Os números do emprego na construção civil em Ribeirão Preto (SP) são inferiores aos registrados dois anos atrás, mas o nível de atividade observado no setor voltou a ser sustentável, avaliam economistas do Centro de Pesquisa de Economia Regional (Ceper), da USP. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, de janeiro a novembro deste ano, o segmento gerou 77,73% menos vagas do que o observado no mesmo período em 2011 - quando foram 3.212 oportunidades. A queda, no entanto, é absorvida pela dinâmica econômica da região, sobretudo por obras de infraestrutura, avalia o pesquisador Guilherme Byrro Lopes.

Diante da expansão do crédito viabilizada por programas governamentais como “Minha Casa, Minha Vida” e de facilidades de pagamento como o uso do FGTS na compra de apartamentos, Ribeirão Preto vivenciou uma explosão dos projetos imobiliários em 2011. Canteiro de obras que ajudou o setor a bater a casa de 3.212 vagas de janeiro a novembro daquele ano, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Dois anos depois, o cenário é bem diferente: a construção civil saltou de segunda para a quarta na criação de oportunidades, com 715 postos abertos no mesmo período, processo decorrente de um ritmo mais desacelerado da construção de novos condomínios.

Mas, diante de uma série de dados compilados no decorrer desde ano, economistas do Ceper acreditam que, o que à primeira vista parece um sintoma ruim, mostra na verdade que o ritmo da economia está saudável. Lopes analisa que o compasso anterior observado no segmento era insustentável e poderia repercutir em problemas como supervalorização de mão de obra.

“O não natural era aquele crescimento forte. Foram medidas muito concentradas de estímulo à construção. Não só os bancos públicos, mas os privados oferecendo crédito. Então se ampliou muito a capacidade de compra e houve uma expectativa muito grande. Houve um excesso de oferta, de uma forma muito acima do que a demanda conseguia capturar ainda que houvesse todos esses incentivos. Aquele ritmo era fora da realidade”, afirma Lopes, após analisar dados da evolução do emprego dos últimos anos na cidade e colocá-los no contexto das mudanças econômicas enfrentadas pelo país.

Ao mesmo tempo, Lopes explica que a queda nos números da construção civil em 2013 não necessariamente representará aumento nas taxas de desemprego no município. Ele acredita que, gradativamente, a mão de obra demandada para os empreendimentos imobiliários migra para grandes projetos de infraestrutura da região, como as adaptações orçadas em R$ 120 milhões no Trevo Waldo Adalberto da Silveira, em Ribeirão. “Houve uma mudança no perfil do empregado. A participação na construção de edifícios e casas foi muito reduzida e parte dessa redução foi absorvida pelo setor de infraestrutura, principalmente em obras em rodovias”, diz.

Processo que, nos próximos meses, também representa uma base de trabalhadores mais estável, devido aos maiores prazos para a conclusão dos projetos, avalia Lopes. “Essas obras são resultantes de projetos, de coisas muito mais elaboradas, que possivelmente vão fazer com que esses investimentos tenham prazo muito mais alongado.”
Crédito: G1 

Construção retoma ritmo sustentável, diz economista. Dezembro 27, 2013. Por: Mão de Obra Online

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