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24 de novembro de 2011

Construção civil é o setor com maior rotatividade de trabalhadores


Segundo o Dieese, 86,2% dos empregados são demitidos pela própria empresa.




A taxa de rotatividade na construção civil é a maior de todos os setores. As demissões de trabalhadores pela própria empresa chegam a 86,2%. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base em números de 2009 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O estudo está disponível no site do Dieese.
Esse valor fica ainda maior quando se leva em conta fatores alheios à vontade das empresas, como aposentadoria, morte ou demissão voluntária: 108,2%. Isso significa que, para cada vínculo do estoque médio do setor, em cada ano, existiram um ou mais vínculos desligados. Esse cenário só se repete no setor da agricultura. Segundo o Dieese, deve-se levar em conta a questão singular dessas duas atividades, que tem duração limitada pela própria característica da atuação.
"O problema na construção civil é que os trabalhos têm uma duração muito curta e as construtoras muitas vezes não conseguem alojar os trabalhadores em outras obras quando o trabalho acaba. Então, ou o trabalhador é dispensado ou pede a conta, não tem jeito", disse Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).
Desde 2001, o setor lidera a taxa de rotatividade, sendo que o maior índice foi registrado em 2008: 92,2% de trabalhadores demitidos pela própria empresa e 118,4% na taxa total. O menor índice foi registrado em 2007, com 83,4% e 104,5%, respectivamente.
Na questão salarial, Ishikawa afirma que não existem dados concretos, mas estima que os salários altos não são mais tão comuns no setor. "Em 2009 e 2010, quando estávamos com muita falta de mão de obra, tínhamos que pagar um salário mais alto para que o trabalhador qualificado ficasse na empresa. Agora, com o mercado um pouco mais estável, os salários altos não ficam mais favoráveis", disse.

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